Eis que vem o tempo implacável,
Como um vento, assola vontades.
Como um mar, afoga verdades...
Mas como sábio, é incomensurável.
E afoita-se o tempo. Seria traiçoeiro
Que apaga as nossas emoções?
Ou simplesmente passa ligeiro
Deixando apenas as recordações?
É o Tempo, do Universo o senhor,
Que marca o compasso da vida,
Que cria ou mata, da alma o amor,
Mas que alimenta a ilusão perdida.
Ó Tempo! Que não espera por nada,
Eu espero ansiosa a tua vinda,
Numa busca incessante, desvairada...
Mas só me resta chorar a tua ida.
Efigênia Coutinho
Balneário Camboriú
Novembro 2010
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